quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Reconstrução mamária

Estima-se que cerca de 2/3 das pacientes portadoras de câncer de mama optem pela cirurgia conservadora. O maior determinante da escolha, por parte da paciente, de se submeter a uma mastectomia é o medo da recorrência. No que tange à cirurgia conservadora (quadrantectomia) são motivos estéticos.No 1/3 que é submetido à mastectomia, a reconstrução mamária pode ser uma opção a ser oferecida pela equipe médica.
A principal consequência negativa da mastectomia psicossocial- como lidar com a deformidade, refletindo-se em ansiedade, depressão e redução da função sexual.
A decisão de fazer ou não a reconstrução mamária deve ser feita pela paciente, assessorada pela equipe médica multidisciplinar.
Há dois estágios de reconstrução :a) reconstrução da mama (volume mamário) e b) reconstrução do mamilo (chamado complexo areolopapilar).

RECONSTRUÇÃO COM IMPLANTES
a reconstrução pode ser realizada :
- em etapa única: para pacientes com mamas pequenas, pele e músculo peitoral saudáveis, permitindo a colocação imediata do implante. Uma devantagem é que os resultados estéticos podem não ser tão bons quanto os do procedimento em duas etapas, sendo necessária outra cirurgia.
- em duas etapas: após a retirada da mama é colocado um expansor (uma bolsa) na região abaixo do músculo peitoral. Após a cirurgia esta bolsa é progressivamente inflada usando soro fisiológico por cerca de 8 semanas, seguindo-se um período de repouso para a adaptação dos tecidos. Então, é realizada uma nova cirurgia, com a retirada do expansor e colocação da prótese.
Os implantes mais usados são de silicone, e podem ser texturizados ou lisos. Hoje sabe-se que o silicone não provoca alterações neurológicas, imunológicas ou câncer. O risco de vazamento embora pequeno, existe.

RECONSTRUÇÃO COM TECIDOS AUTÓLOGOS (DA PRÓPRIA PACIENTE).
Esta técnica se baseia da colocação de tecidos (pele, músculo, gordura)de outras partes do corpo (abdome, dorso, coxa) no tórax para a reconstrução do volume mamário. O mais usado é o retalho miocutâneo do músculo reto abdominal transverso (TRAM). Nesta técnica uma aba de tecido deste músculo abdominal é dissecada e, mantendo o fluxo sanguíneo normal, é colocada no tórax após a rotação do retalho.

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